O movimento de pessoas era tão escasso que o painel de senhas ficaria estacionado no número um até o dia em que fosse contratado um funcionário neo-positivista, porque este, em seu impulso consciente de efetivar regras e princípios, ordenaria que o cliente, ainda que fosse o único a ser atendido e já estivesse aposto ao balcão, voltasse até a porta de entrada para retirar a senha,  procedimento que aos olhos de muitos é inútil, dispendioso e antipático, mas não faltariam ao nosso zeloso funcionário argumentos para provar que essa é uma visão de leigos e preguiçosos, já que são atos simples como este que, relacionados e acrescidos de outros da mesma natureza, são capazes de gerar um robusto controle estatístico, asseguram o bom gerenciamento das rotinas, identificam um padrão de condutas, que são atributos imprescindíveis para construir a base sólida sobre a qual se edifica o bom atendimento.