03 setembro 2007

O registro é arte?

O registro é arte, meu caro, arte parnasiana, tentar colocá-lo nas curvas barrocas é coisa para morsa ou para gênios. Essa arte é ofício, arte-ofício, artesão. Prescindir essa realidade é como prescindir o ar. É mergulho nas profundezas ocêanicas do conhecimento. É o risco de se afogar ou encontrar atlântida e quero mesmo é ultrapassar os riscos, preenchê-los com palavras, idéias ou imaginações, revelar propriedades, proprietários, profetas e profecias e sentir o som da matrícula, da partitura, inspirando-me para retificar as esculturas, não, não quero retificar, quero é bem contornar, quero explicitar cada curva, para longe de mim a bestialidade de enfileirar e enquadrar cinqüenta estrelas, gosto delas salpicadas ao léu, tão assistemáticas mas sempre guia dos navegantes.