31 março 2008

Direto do velho caderno 3 - 1998

A M O R T E Q U E R O !

30 março 2008

O silêncio tem mil faces
E as palavras não esclarecem
Os atos só confundem
Logo a vida se entristece

(Essa última forma que tomou o poema, com a supressão dos pronomes, teve intuito de dar um tom impessoal e deixar claro que por aqui não se faz biografia. No entanto a alteração trouxe muitas outras conotações, indesejadas. O eu-lírico é fundamental para a poesia! Talvez um título ao poema resolvesse o problema, mas como estou com dificuldade de criar títulos ultimamente, o que já está me intrigando, melhor que retorne a sua penúltima forma.)

Meu silêncio tem mil faces
Minhas palavras não esclarecem
Meus atos só confundem
Logo a vida te entristece

27 março 2008

Sou homem de poucas opiniões, poucas palavras, poucas mulheres
Poucas e boas

26 março 2008

Feriado de Páscoa




Subi aos pés do Cristo Redentor
mas lá não encontrei a Paz.
Havia uma multidão alegre e descompromissada
o momento de contemplação trocado
pelo registro duma contemplação postergada.
Os milhares de pixels haveriam de ser vistos
num e-mail no expediente
num blog pela madrugada
numa esperança de vida bela a ser sempre anunciada.
Apenas anunciada.

12 março 2008

Não é hora de descansar em paz
Morrer é a última coisa a fazer
Sem prazo e com prazer