24 maio 2010

Entrevista

Por que o senhor começou a escrever poesia?
Justamente porque eu não gosto de dar explicações. A poesia tem essa característica. Não precisa ser explicada. Não é uma explicação. É bem possível encontrar explicações na minha poesia, uma empatia, um entrosamento com o poema que te dá a sensação do entendimento pleno, mas essa comunicação se dá em outro plano, por outro canal que não a chatice da explicação racional.

É verdade que o senhor também fotografa e que sonha em dirigir um filme?
Os índios não gostavam de ser fotografados, acreditavam que a câmera lhes roubava a alma. Em parte isso é verdade.  A tecnologia nos permite retratar com uma precisão elevadíssima a aparência, mas deixa a imagem esvaziada, somente um bom diretor de cinema ou um excelente fotógrafo, no seu exercício de arte e cultura, é capaz de devolver o espírito à frieza dos registros fotográficos. Isso é fascinante.

no cio
silenciosa

08 maio 2010

tudo ou nada
tanto faz
a revolução mais radical
de 360 graus
nos traz ao mesmo lugar